<$BlogRSDUrl$>

quinta-feira, junho 26, 2003

Final de um dia quente de verão. O laranja vivo riscava o céu com
de uma noite igualmente quente. O caminhar apressado
corpo, acariciando suavemente a pele, mas exigindo a cada segundo que se
libertasse da roupa que usava.
O assunto era obviamente delicado: tirar a roupa no meio de
uma plataforma de uma estação de comboio cheia de gente tem que se e
diga.
Nem é uma decisão fácil nem o resultado é simples de encarar. O que
pensaria aquele ali à frente se eu me despisse e lhe piscasse o olho?
Que faria a minha vizinha do lado? - Ficaria espantada, revoltada ou
interessada? Provavelmente ambos ficariam espantados, mas
interessados, esperava que fosse só ele, com o calor que sentia não iria
suportar um olhar languido da vizinha. Olhou em volta e aparentemente sem
dar nas vistas, meteu a mão pela manga da camisola e puxou pela alça ao
longo do cotovelo.
Sem grande esforço, livrou-se de uma alça. Mais uma olhadela para verificar
se podia passar à outra alça. Mãos à obra. Agora era só puxar para que
descesse até fiquem à mão, mala na frente, aberto, recolhido e mala com
ele. Nem foi preciso piscar o olho. O sujeitinho da frente não perdera
pitada e mostrava um sorrisinho safado ao canto da boca. Mediu-me de cima a
baixo, atravessou a malha da blusa com os olhos, parecia que sentia as suas
mãos à minha volta. Os meus mamilos enrijeceram rápido - era impossível não
reparar neles, espetados contra o tecido, bem proeminentes. A minha
vizinha do lado, que pareceu perceber de repente que havia demasiados olhos
centrados em mim, não resistiu a olhar. Inquieta, perguntou: -Tem frio ou é
sempre assim?
Baixou o rosto para observar os seus mamilos, calmamente olhou-a nos olhos,
mas desviou o olhar procurando o desconhecido e respondeu: É sempre assim.
Muito raramente é por frio. Sempre foi o quente. Curiosa, desviou o olhar
para o peito da outra mulher: - Não sente o calor?A vizinha, como resposta,
observou-a, como se não fizesse muito sentido o que estava a dizer, mas ela
já estava habituada, conhecia aquela expressão de "podemos sentir, mas não
podemos falar".Suspirou. Passou a lingua pelos lábios tentando aliviar o
sufoco que sentia. Sentia-se observada. Sentia o toque daquele desconhecido
sem ser tocada. Olhou-o novamente.Procurou-o, e sentiu a sua falta. Olhou
em redor e não o viu. Debruçou-se um pouco, para espreitar, e nada. Quando
voltou ao seu lugar, sentiu uma mão que lhe acariciava o rabo. Tremeu.
Sabia que era ele sem o ver. Não se mexeu. Teve receio que a qualquer
movimento seu aquela mão desaparecesse. Deu um passo atrás. Queria mais.
Roçou o corpo no do desconhecido.Puxou a mão atrás e puxou-o para si.
Encaixou-se nele.Ele reagiu com a outra mão - meteu-a entre o braço e o
tronco, a tocar a base do seio esquerdo, encostou a boca no seu ouvido -
podia-se ouvir a sua respiração - e disse, devagar: quero-te. quero ver-te.
quero dar-te e ver-te.
Agarrou-lhe na mão que roçava a base do seio e virou-se, roçando naquele
corpo. Encarou-o e aproximou os lábios entreabertos muito perto da orelha
do desconhecido. Vem, disse.
Sem lhe largar a mão, puxou-o para que a seguisse. Veguearam no meio
da multidão. Ela procurava com os olhos um sitio menos exposto.
Foi ele quem sugeriu primeiro o local, por trás de um das colunas
cilindricas, enormes, que sustentavam a abóboda da estação. Era uma
coluna forrada a pequenos azulejos de cores, um dos lados cheios de
graffittis.
Do outro lado estava-se semi na obscuridade, afastado da confusão mas
não totalmente escondido. Ele encostou_a à coluna e disse-lhe para abrir
as pernas. Ao mesmo tempo levantou-lhe a blusa e apertou-lhe o mamilo
direito entre o polegar e o indicador da mão esquerda até ela fazer um
esgar entre a dor e o prazer. O soporo do ar condicionado colava-lhe a fina
saia às pernas e realçava-lhe a proeminência do sexo. Os olhos procuravam
os dele, que pareciam perdidos no horizonte, como se à procura de alguém. A
mão que estava no peito desceu e tocou-lhe o sexo por cima do pano da saia.
Ele olhou-a de frente e disse-lhe: tira as cuecas, fica nua por baixo da
saia.
Ela obedeceu. Enfiou ambas as mãos pela cintura da saia e puxou as
fitas dos lacinhos que prendiam as cuequinhas. Ficaram caidas sob os pés
deles.Puxou-lhe a camisa para fora das calças e explorou a pele dele.
Deslizou as unhas ao longo da coluna e enfiou uma mão pelas calças
acariciando-lhe o rabo.
A outra mão arranhava-lhe suavemente o peito e os mamilos. Sentia
os passos das pessoas que passavam por perto, num aproximar constante,
aumentando a sua excitação.
Nem tinha notado que ali perto, a escassos dois metros, um homem tinha
parado a olhá-los. Ela nem reparara que tinha a blusa subida,o peito tenso
à mostra, a saia a mostrar-lhe generosamente as pernas bem queimadas pelo
sol. O seu companheiro meteu a mão debaixo da saia e começou a acariciar-
lhe o sexo. Sem querer largou um pequeno gemido, que fez o outro homem
aproximar-se ainda mais. O dedo explorava-lhe os contornos do sexo, o
vértice, titilava-a e fazia-a arcar o tronco. Quando deu por ela o
segundo homem estava a tocar o seu seio e o seu companheiro de estação
sorria.
As sensações que as mãos lhe provocavam deixavam-na com a cabeça à roda.
Tinha dificuldades em respirar, mas não queria parar. Abriu o fecho das
calças do homem à sua frente e introduziu a mão até lhe alcançar o sexo e
apertou entre os dedos. Sentia o outro homem colado nas suas costas,
roçando o membro no seu rabo.
Novos passos se aproximaram e pararam muito perto. Era a mulher da estação,
a vizinha.
Vinha a rir-se, a gaja, ao mesmo tempo que se auto-acariciava no peito. Já
se notava um dos seus mamilos: - O quente que eu gosto é deste, ver-te
assim. Devagar, chegou-se ao segundo homem, tirou-lhe o sexo de dentro das
calças - era enorme! - e chupou-o. Quando estava bem molhado, pegou nela,
virou-a, dobrou-a pela cintura, afastou-lhe as nádegas depois de a ter
penetrado com três dedos - estás encharcada miúda! - e ajudou ela própria
aquele sexo estranho a rasgar-lhe as entranhas. Depois foi ter com o
primeiro homem e pô-la a chupar o seu sexo. No meio da confusão ouviam-se
os sinais sonoros da chegada e partida dos comboios, sentia-se o rumor da
multidão que passava, mas ela estava estranhamente calma. Um membro estava
no seu sexo, outro estava na sua boca, e aquela mulher continuava à sua
frente, a falar: goza bem, que depois vou-te eu chupar tudo o que eles
deitarem dentro de ti.

GATO

terça-feira, junho 03, 2003

Notável era fazer um filme sobre o Jardel, carreira destruída pelos excessos, cheio de recomendações do Boloni, intercaladas com incursões em discotecas e quartos de hotéis. ìa ser um sucesso para sair por volta do Euro 2004
Olá, aqui estou pronto a referir o que existe de notável à nossa volta. Este é apenas o começo. Tudo pode ser notável, até o mais insuspeito acontecimento, ou uma ideia, ou um caso, ou um local. Notável é relativo. O que é notável para mim para quem mais será? É para responder a esta pergunta que servem os blogs.


This page is powered by Blogger. Isn't yours?